FAQ

Perguntas Mais Frequentes

Tire aqui algumas dúvidas sobre cilindros!
Capacidade de gás do cilindro para GNV, valvulação, prevenção de acidentes e outras dúvidas frequentes.
1- O que é um cilindro de alta pressão?

Tecnicamente falando, é um recipiente utilizado para o armazenamento de gases monofásicos ou bifásicos, de pressões de serviço até 300 bar, fabricados a partir de aço sem costura e/ou fibra, com capacidade volumétrica de 1 a 150 litros de água

2- O cilindro para GNV pode ser abastecido a uma pressão acima de 220 bar?

Nunca abasteça com pressão acima de 220 bar (22 Mpa) : esta é a pressão de abastecimento máxima permitida pelas leis governamentais no país.
A pressão máxima de serviço do cilindro é aquela na qual o gás fica estabilizado à 21 ºC, isto é, 200 bar. A pressão de serviço é atingida quando a temperatura do gás cai, em seguida ao abastecimento do veículo. Abastecer à pressões superiores a 220 bar (22 Mpa) pode reduzir a vida útil do cilindro e do restante dos componentes do kit de conversão.

3- Qual a capacidade correta do cilindro de GNV?

Em primeiro lugar, devemos esclarecer que a unidade correta e mundialmente utilizada para medir a capacidade real de qualquer cilindro e para qualquer gás é a capacidade volumétrica de água que é medida durante a sua fabricação e gravada na ogiva do cilindro em litros, conforme requerem todas as normas nacionais e internacionais.
A unidade metro cúbico é tão somente no sistema de abastecimento do posto na hora em que o gás está sendo medido para cobrança.

Por quê?

1. Conforme explicado acima, o volume fisicamente disponível para enchimento é aquele informado na ogiva, em litros de água, pois a capacidade em metros cúbicos varia em função de vários fatores.

2. Realmente, conforme a pressão de abastecimento do posto, pode-se encher menos ou mais um mesmo cilindro. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) regulamenta como pressão máxima de abastecimento 220 bar.
Importante: Alguns postos estão abastecendo com pressões superiores, o que é contrário à regulamentação e portanto é prática totalmente não recomendável e insegura.

3. Outro fator muito importante é que o cilindro fica por vezes com óleo, proveniente dos compressores, em seu interior durante a carga. Este óleo ocupa espaço útil, ou seja, aquele volume inicial disponível diminui.

4. O atrito molecular do gás proveniente da velocidade de enchimento também pode provocar aquecimento reduzindo assim a capacidade de armazenamento de gás no cilindro.

5. Por ocasião da primeira carga, é comum a presença de ar no interior do cilindro, que também é um redutor de capacidade, fato este que tende a ser eliminado nas cargas subseqüentes, no entanto, ficará então gás residual, o que também diminuirá a quantidade de gás colocada pelo posto.

6. Mas talvez um fator que poucos se dão conta é a temperatura de enchimento. Basta verificar a norma da ABNT – NBR 13200 – e ver como é complexo e variável o volume de gás que cabe em um cilindro em função da temperatura de enchimento. Lá podem ser vistos vários gráficos e fórmulas que no final levam à conclusão de que encher um cilindro a 20ºC ou a 40ºC por exemplo, apresenta resultados bastante diferentes no volume de gás acondicionando.

São por estes motivos que quando falamos em volume de cilindro, devemos falar EM LITROS DE ÁGUA, e não em metro cúbico.

4- Como valvular um cilindro ?

A fim de evitar-se vazamentos de gás na conexão da válvula com o cilindro, deve-se impreterivelmente seguir-se o seguinte procedimento : 1. Colocar a válvula (sem fita veda-rosca) no cilindro, rosqueando-se manualmente até conseguir o “aperto manual”. As mãos devem estar protegidas com luvas e deve-se contar o número de voltas até o aperto. 2. Retirar a válvula e colocar fita veda-rosca em sua rosca num total de 7 a 8 voltas, sempre no sentido horário. 3. Rosquear a válvula (também manualmente) novamente no cilindro, também contando o número de voltas até conseguir-se o aperto. 4. Apertar a válvula com chave num total de 3 voltas mais a diferença encontrada entre os rosqueamentos manuais com e sem veda-rosca, dos passos 1 e 3 acima. Nota : Estas orientações foram transcritas do “Handbook of compressed gases” da Compressed Gas Association – USA. Importante : A valvulação, realizada desta forma, deve dar um torque de aproximadamente 150 Nm (que pode ser verificado com o torquímetro), conforme NBR 11353-1 : Veículos rodoviários – Instalação de gás metano veicular (GMV) Revisão : dez 1999.

5- Que material deve ser utilizado para a valvulação do cilindro?

É aconselhável que seja utilizado fita veda-rosca, que funciona como lubrificante neste processo de valvulação. O teflon líquido também pode ser utilizado, porém devem ser obedecidas as instruções de tempo de cura conforme definido pelo fabricante. Qualquer outro material (graxa, barbante etc.) é desaconselhável neste processo.

6- Pode ser transferido gás de um cilindro para outro?

Não. Esta operação é de alto risco. Não tente retirar o gás do cilindro, sem equipamento adequado para a despressurização, pois isto implicará em riscos. O cilindro deve ser manuseado por pessoas tecnicamente treinadas.

7- O que fazer caso o cilindro seja exposto a chama?

O cilindro não deve ser reutilizado e deve ser destruído. Deve ser evitada a exposição do cilindro a qualquer fonte de calor excessivo ou soldas. Expostos a altas temperaturas, os cilindros sofrem alterações nas suas características quanto a resistência, tornando-se frágeis. Leia o Manual do Cilindro e o adesivo fixado sobre o corpo do mesmo. As instruções lá descritas são importantíssimas e referem-se à sua segurança e preservação de seu patrimônio.

8- O que fazer em caso de incêndio?

Em caso de incêndio em seu veículo, não tente apagar o fogo. Afaste-se imediatamente até uma distância mínima de 50 metros e acione o Corpo de Bombeiros que deverá ser informado que seu veículo é movido a gás natural. Tal informação irá auxiliar nos trabalhos de nossos bombeiros.

9- O cilindro pode ser substituído por outro tipo de reservatório?

Jamais substitua o cilindro por outro tipo de reservatório : botijões de gás de cozinha ou outros tanques de ar comprimido não podem ser usados junto com cilindros para GNV ou substituí-los, pois os cilindros de GNV são projetados para armazenamento em alta pressão (200 bar). Os cilindros MAT são projetados e testados para suportar com segurança essa alta pressão, enquanto que os outros tipos de cilindros não são fabricados para esta finalidade.

10- O cilindro para GNV pode ser utilizado para outros tipos de gases ?

Não. Os comportamentos dos gases variam. Alguns são até corrosivos, podendo danificar internamente os cilindros, provocar trincas, etc. Este reservatório (cilindro) foi desenvolvido especificamente para GNV.

11- Produtos corrosivos podem danificar o cilindro ?

Sim. Jamais exponha o cilindro a produtos corrosivos. Cuidado com os ácidos, evite deixar próximo dele baterias de veículos, por exemplo.

12- Que cuidados devem ser tomados com o dispositivo de alívio de pressão das válvulas ?

Jamais mexa no dispositivo de alívio de pressão ou de segurança das válvulas. Como o próprio nome já diz, é para trazer segurança. Se houver qualquer problema, dirija-se ao convertedor que trocará a sua válvula.

13- Onde realizar a conversão do veículo para gnv ?

Instalação ou remoção devem ser feitas somente por empresas registradas pelo Inmetro e capacitadas a efetuar um bom trabalho que garanta a segurança e a economia desejada. O usuário não deve permitir que outras pessoas não habilitadas manuseiem este equipamento. Caso seja necessário a remoção do cilindro, este deve ser despressurizado totalmente. Caso seja necessário serviço de lanternagem no veículo envolvendo solda ou maçarico perto do cilindro, este deverá ser removido previamente ao serviço.

14- Onde abastecer o cilindro com gnv ?

Somente abasteça em postos autorizados pela Agência Nacional de Petróleo e observe a pressão máxima de enchimento: Jamais abasteça com pressões acima da autorizada pela ANP (22 Mpa ou 220 bar).

15- Pode ser feita alguma alteração no cilindro ?

Não permita que sejam alteradas as características originais de fabricação do cilindro ou da válvula e jamais fixe algo ao corpo do cilindro por meio de solda pois é terminantemente proibido.Não deixe que “curiosos” modifiquem a rosca do cilindro, as válvulas, os dispositivos de segurança, marcações etc.

16- Por que a cor do cilindro para GNV mudou para amarelo ?

A norma que define a cor que devem ser pintados os cilindros para gases é a NBR 12176 : Cilindros para gases – Identificação do conteúdo. Em 27/02/04, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) emitiu uma errata, revisando esta norma, definindo que a cor dos cilindros que armazenam gás natural veicular deve ser Amarela. Em 06 de agosto de 2004, o INMETRO emitiu a Portaria nº 143, informando oficialmente que os cilindros que armazenam o gás natural veicular podem ser pintados de Amarelo. Nesta, é informado também, que até 1º de julho de 2006 ainda é permitido a cor rosa. A partir desta data, somente será permitida a cor amarela. Os cilindros já instalados somente terão a sua cor alterada na requalificação dos mesmos.

17- Pode ser utilizado cilindro de duas cúpulas em automóveis ?

1. Cilindros com duas cúpulas são bastante comuns no mundo inteiro e para vários tipos de gases à alta pressão e não há norma de cilindros para gases à alta pressão que os proíba.

2. Fabricamos também cilindros com duas cúpulas para carretas e pulmões de compressores, uma vez que um cilindro com duas cúpulas tem um custo de produção mais elevado que o convencional.

3. Estes cilindros são utilizados também congeminados, assim as saídas que não possuem válvulas são interligadas pelo convertedor por tubulação específica de alta pressão. Quando a saída não era interligada, este deve ser tamponado com bujão apropriado e verificada a estanqueidade do gás.

5. No entanto, salientamos que a inspeção periódica de 5 anos é válida e deve ser seguida também para este cilindro, sendo que recomendo que o teste hidrostático seja feito com o bujão instalado.
É claro que quando da remontagem do cilindro no veículo após este reteste, assim como a da válvula, a outra saída também deve ser verificada quanto à possíveis vazamentos.

18- Por que o gás natural é seguro ?

Porque o GNV não é tóxico e é mais leve que o ar e em caso de vazamentos sobe rapidamente, reduzindo os riscos de explosão ou incêndio. Além disso, para o GNV inflamar-se deve ser submetido à temperatura de aproximadamente 620 ºC, enquanto que a gasolina inflama-se à aproximadamente 200 ºC.

19- Qual o prazo de garantia do cilindro para GNV ?

O cilindro possui uma garantia de 20 anos a partir da data de fabricação, dependendo da sua utilização correta. Para isto é necessário que o proprietário possua o Certificado de Qualidade MAT e a Nota Fiscal do mesmo.

20- Qual o período para reteste do cilindro para GNV ?

A cada 5 anos (prazo máximo conforme norma ABNT 12274) o cilindro deve ser revalidado através da inspeção periódica a partir da data de fabricação ou caso ocorra corrosão, danos por causas térmicas, ou mecânicas (amassados, pancadas) ou ainda quando houver transferência de um veículo para o outro.
Esta só deve ser realizada por empresas certificadas para tal pelo Inmetro. Logo após os serviços de inspeção, a empresa de inspeção deverá fixar um selo comprobatório (cor roxa) na ogiva do cilindro.
Após esta requalificação, a empresa certificadora passa a responder pela garantia do cilindro.

21- O cilindro pode ser marcado com punção no corpo ?

Não, jamais. Tal fato faz com que a espessura da parede do cilindro fique abaixo da espessura mínima de projeto, colocando em risco o usuário.
Mesmo no caso do cilindro não apresentar qualquer tipo de problema com esta marcação, o cilindro deverá ser reprovado na vistoria que deve ocorrer a cada 05 anos.

22- Caso seja verificado vazamento de qualquer natureza em cilindro para GNV, como proceder ?

A válvula do cilindro deve ser fechada imediatamente e o veículo encaminhado para uma convertedora registrada pelo Inmetro. O usuário não deve permitir que outras pessoas não habilitadas manuseiem este equipamento.

23- Se for necessário serviços de lanternagem perto do cilindro (mala), o que deve ser feito ?

O veículo deve ser levado para uma convertedora registrada pelo Inmetro para que o cilindro seja retirado e recolocado somente após o serviço completo estar terminado

24- É normal o cilindro para GNV esquentar no abastecimento do posto ?

Sim. Isto ocorre em função da compressão das moléculas do GNV durante esta operação, causando atrito entre as mesmas e conseqüentemente calor, que irá se refletir na parede do cilindro.

25- É normal estarem umedecidos a válvula e o cilindro para GNV durante o uso contínuo ?

Sim. O uso provoca a expansão do GNV e conseqüentemente perda de calor, que irá se refletir na parede do cilindro. O vapor d’água existente no ar, em contato com a válvula e o cilindro com temperatura inferior a da ambiente, forma a umidade característica nestes casos.

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